No entanto, e percebendo perfeitamente a mensagem que ele pretende passar, não posso deixar de pensar que, como muitas coisas que podemos dizer ou fazer quando queremos defender um ponto de vista, foram escolhidos exemplos favoráveis porque são esses que interessam.
Querem que vos prove que não é o número de filhos que interessa? Adolf Hitler foi o 4º de 6 irmãos. Não é preciso dizer mais nada.
P.S. - Eu sou a 6ª de 7 irmãos. Ainda bem que os meus pais não tiveram só um ou dois filhos. Que seria da nossa história blogosfera? ;-)
Olha que tu até parece que estás "do contra"... mas eu sei onde queres chegar!
ResponderEliminar:)
Espero que nenhuma das minhas se passe para o "lado negro da força"
:-) Claro que esperas isso, tal como eu, os pais de muitos filhos (6, 8, 12, por exemplo) e os pais dos filhos únicos!
EliminarTens toda a razão, Mimi, não é o número que interessa: olha para Nossa Senhora e S. José! O que interessa é a abertura ao projeto de Deus na nossa vida. Deus pediu a Maria que não tivesse mais nenhum filho de ordem biológica, tal como pede a muita gente, pelas mais variadas razões, de saúde, económicas, etc; mas Deus pede a muitos de nós mais filhos, mais crianças, e nós fechamos-Lhe a porta na cara! Quanto a mim, prefiro enganar-me no número de filhos por excesso do que por defeito :) Generosidade a mais é mais facilmente perdoada que generosidade a menos, quero crer!!! Ab Teresa
ResponderEliminarEu percebo, Teresa, só escrevi este post porque o vídeo parece querer mostrar que grandes génios em várias áreas e até santos foram todos filhos com "número" a partir do terceiro, como se fosse preciso ter três ou mais filhos para que tanta maravilha acontecesse, ou como se garantidamente os filhos mais novos de famílias numerosas fossem bons ou espetaculares em alguma área. Não, os filhos mais novos também poderão ser terríveis e fazer coisas horríveis na história da humanidade, tal como os filhos únicos ou os dois filhos mais velhos poderão ser extraordinários e fazer coisas extraordinárias. Santa Bárbara, Santa Rita de Cássia, Santa Zita são exemplos, acho eu, de santas que eram filhas únicas.
EliminarDou-te outro exemplo que me é muito querido, e a ti também: Chiara Badano... Bjs Teresa
EliminarUm ótimo exemplo! :-) Bjs
EliminarGostei do post e dos comentários. É preciso ter algum cuidado com este tipo de vídeos porque podem surtir precisamente o efeito contrário do pretendido... bjs
ResponderEliminarPois, eu também acho que isso pode acontecer. Não aconteceu comigo porque eu à partida já gosto de famílias numerosas, pertenço a uma e sinto-me bem no meio de muitas famílias numerosas (muuuito numerosas, como sabes!) que conheço e de quem sou amiga. :-)
EliminarBeijinhos
Tem razão, Ana Margarida, podemos obter o efeito inverso, mas o que eu costumo reparar à minha volta é o contrário: famílias numerosas quase que têm de pedir desculpa por o serem... Cada vez que nasce novo filho, a agressividade é por vezes grande de quem nos rodeia: "Vais parar agora?" Por isso eu gosto quando as famílias numerosas se afirmam e defendem a sua posição, em vez de pedir desculpa por o serem e andarem em bicos de pés para não ofender ninguém. Nisto, a APFN faz um excelente trabalho :) Ab Teresa
EliminarLá vou eu ser do contra, como de costume. Sem entrar por digressões históricas, a população humana no planeta foi crescendo muito lentamente ao longo dos séculos...
ResponderEliminarCalcula-se que o número de seres humanos tenha atingido mil milhões pela primeira vez em 1804. Demorou 123 anos a duplicar e só em 1927 chegou aos 2 mil milhões. 33 anos depois, em 1960, já eramos 3 mil milhões. O planeta não aumentou, mas em 1974 chegámos aos 4 mil milhões, aos 5 em 1987, aos 6 em 1999 e aos 7 mil milhões em 2011.
A estimativa é de que a população humana chegue aos 8 mil milhões em 2024 e aos 9 em 2037. Felizmente o crescimento está a abrandar mas os cenários para 2050 vão de uns optimistas 7 mil milhões a uns catastróficos 11 mil milhões.
Toda a gente "gosta" de famílias numerosas. Eu faço parte de uma família numerosa e, obviamente, não preferia que fosse mais pequena nem ter menos irmãos (agora que os conheço) mas esse é um "argumento" emocional e algo absurdo. Se tivesse menos irmãos não sentiria falta deles, se eu não tivesse nascido ninguém sentiria a minha falta.
O planeta não precisa de mais humanos e não há qualquer razão para que quem quer ter famílias grandes não adopte algumas das muitas crianças que vão crescer abandonadas, subnutridas, analfabetas e sem qualquer hipótese de alcançar o seu verdadeiro potencial (isto se não morrerem pelo caminho). Os recursos do planeta são limitados e não há nenhum argumento lírico, emocional, religioso ou marciano que altere esse facto. Podem esses recursos ser melhor utilizados? Claro. Mas não ao ponto de 11 mil milhões de seres humanos terem o nível de vida a que americanos, europeus (e alguns marcianos) se acham com direito.
E, já agora, eis uma pequena lista de filhos únicos (não tenho paciência para lhes fazer uma pseudo biografia, são todos conhecidos): Hans Christian Andersen, Isaac Newton, Ada Lovelace, Frank Sinatra, Jim Lovell, Jean-Paul Sartre, Lauren Bacall, Leonardo da Vinci, Mahatma Gandhi, Natalie Portman, Robert de Niro, Tiger Woods, Tommy Lee Jones, John Updike, Condoleezza Rice, Lance Armstrong, Pierce Brosnan, Jack Nicholson, Leonardo DiCaprio, Al Pacino, Candice Bergen, Cary Grant, Charles Lindbergh, Cole Porter, David Copperfield, E. M. Forster, Ezra Pound, Frank Borman, John Lennon, Anthony Hopkins, Elvis Presley...
Não acho que tenhas sido do contra relativamente ao meu post...
EliminarNão, de facto. Era mais relativamente a ideias subjacentes a alguns comentários e (embora talvez não pareça) até me contive bastante, para não parecer estar a atacar pessoas e não ideias.
EliminarExcesso de humanos e escassez de recursos teve sempre, ao longo da história, o mesmo resultado (guerra, escravatura, genocídio). Esses efeitos eram localizados e relativamente contidos mas a tecnologia acabou com esse "luxo". Temos que pensar a um nível planetário. Não consigo ver nenhuma razão para se defender famílias numerosas na Europa e filhos únicos na China.
De um ponto de vista lógico, racional e pragmático (tudo o que os humanos não são), cada casal devia ter, no máximo, um filho biológico e, se quisesse uma família maior, adoptar os restantes. Não à força e para cumprir uma lei, mas de livre vontade, para garantir um planeta viável daqui a 100 anos e uma vida decente a todos os seres humanos.
Isso provocaria uma distribuição mais sensata da população e dos recursos, tendencialmente o fim das crianças abandonadas e, provavelmente, o desaparecimento daquilo a que chamamos "raças" em meia dúzia de gerações. Ah, e um planeta em que viver. Tudo benefícios, do meu ponto de vista.