quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A rainha Ester e a reunião de pais

Anteontem, assim do nada, lembrei-me da história da rainha Ester, ou melhor, lembrei-me de uma parte específica: de quando ela vai à presença do marido, o rei Assuero (garanto que não sei como é que me lembro do nome dele - entretanto terei de o confirmar, claro, que não quero estar a dar informações erradas podendo evitá-las), sem ele a ter chamado. A rainha arriscava a vida ao fazer isso, e por isso preparou-se exterior e interiormente. Ela não ia por um capricho (como se deve calcular), ia à presença do rei para interceder pelo seu povo (o povo judeu), que ele, enganado por um conselheiro mentiroso (e sem saber que a rainha pertencia a esse povo), condenara à morte.

Quando escrevi "assim do nada", é verdade que me veio a história à cabeça sem a ter lido há pouco tempo, mas a razão inconsciente não é assim tão "do nada". É que se aproximava a data da reunião com os pais e encarregados de educação e eu fico sempre (mas sempre mesmo!) tão nervosa que me sentia pequenina, pequenina, e a - passe o exagero - arriscar a vida (fisicamente, nunca me senti em perigo, mas moralmente já "morri" algumas vezes)...

A reunião foi hoje. Tal como a rainha Ester, sobrevivi. Resta saber se o meu povo (a minha turma) vai sobreviver como o povo de Ester (neste caso, a mais um ano comigo)!

Podem ler a história completa da rainha Ester no "Livro de Ester". O episódio de que vos falei, ou seja, a parte em que Ester vai à presença de Assuero sem ser chamada, temendo pela vida, encontra-se em Est 4, 7 - 5, 3 ou em Est 15 (capítulo inteiro).