domingo, 31 de março de 2013

É dos carecas que ele fala mais

O Feitiço ultimamente tem mostrado muito interesse por carecas e termina muitas frases com "careca", independentemente da pessoa com quem está a falar e do que está a dizer. Por exemplo:

Eu: - Feitiço, diz "Até amanhã" às manas.
Feitiço: - Até amanhã, careca(s).

No outro dia, calhou estarmos todos na casa-de-banho quando o Feitiço, ao falar com uma das manas, terminou a frase com "careca". Nessa altura, o Rogério disse: "Só eu é que sou careca - olha [e mostrou o alto da cabeça, onde há realmente muito poucos cabelos]". O Feitiço percebeu a ideia, mas desde aí já repetiu "careca" sem "adequação capilar". E mesmo no caso do pai, eu já lhe disse várias vezes que "não é para chamar careca ao papá".

Hoje, a obsessão do Feitiço por carecas teve o seu momento mais glorioso, apesar de, felizmente, só eu (creio) ter dado por ele.

Estávamos na Igreja, na Eucaristia. Quando o Senhor Padre se aproximou do ambão, para a leitura do Evangelho, o Feitiço virou-se para mim e disse, num tom intrigado, mas discreto:

- Olha! Também é careca?!?

Eu respondi logo, baixinho, antes que ele aumentasse o volume e repetisse a pergunta:

- Sim, mas não é preciso dizeres.

Ele insistiu: - Perdeu muitos cabelos?!?

Eu: - Sim, mas ele já sabe disso, não é preciso dizeres.

E com esta consegui silenciar o Fã Nº1 de todos os carecas do mundo.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Desabafo

Às vezes gostava de não ser o correspondente ao 112 no âmbito familiar.

Seja o que for que aconteceu, é a mim que os três recorrem: "Mamãããã!"

Hoje, por exemplo, estava eu na banheira, em pleno duche, apareceu-me a Varinha a dizer não sei o quê (não sei mesmo, pois o barulho da água não me deixou perceber). Dava para perceber que não era grave, pelo tom, e tinha todo o som de ser uma queixa muito sofrida de qualquer coisa que o Feitiço (mais provável) ou a Vassoura (menos provável) tinha(m) feito.

Sem parar o duche, repliquei: "Quero tomar banho sossegada. Se é grave, vai dizer ao papá; se não é grave, espera." A Varinha insistiu: "Mas, mamã, [...]". Mais uma vez sem perceber as suas palavras - e, honestamente, sem esperar que ela acabasse de falar -, repeti: "Se é grave, vai dizer ao papá; se não é grave, espera."

Escusado (ou talvez não) será dizer que a Varinha não foi ter com o Rogério, pois não era grave o que se tinha passado ou estava a passar. E quando me viu pronta, também não tinha nada para me contar. Ou seja, continuando a analogia, foi uma daquelas chamadas desnecessárias que o 112 está sempre a receber, por pessoas que não se coíbem de o fazer.

Ficou o desabafo.

...

Mas, como todas as moedas têm dois lados, eu adoro sentir e perceber que sou o "mais-que-tudo" dos meus filhotes e mais vale admiti-lo também. :-)

quarta-feira, 27 de março de 2013

Cubos de histórias

Desengane-se quem pensar que eu tenho mãos habilidosas, depois de ver este post. Sim, fui eu que desenhei em todas as faces destes cubos e fui eu que os envernizei, mas de resto...



O produto original, pronto a pagar e a usar, é o que se encontra neste link:

http://www.storycubes.com/products/rorys-story-cubes/
A maneira de os fazer encontra-se em

http://www.redtedart.com/2010/11/05/how-to-make-story-cubes-beautiful-memories/
e em

http://mymagicmom.com/story-blocks-or-story-dice/
Estes cubos estiveram um bocado parados cá por casa, mas já se revelaram muito úteis durante viagens em transportes públicos, na sala de espera do médico e nos tempos "mortos" à mesa de um restaurante.

Nos últimos dias redescobrimos os cubos de histórias que estavam esquecidos e passámos uns bons momentos entretidos com eles. Agora até o Feitiço joga connosco, com a particularidade que não liga nenhuma ao que nós dizemos e inventa uma história a partir do que vê no cubo ou cubos que tem na mão, e nós é que temos de nos adaptar ao que ele diz... um desafio maior e ainda mais divertido!

Fibras há muitas

Este episódio passou-se quando a Vassoura tinha uns 4 anos.

Tocaram à campainha e a pessoa que tocou identificou-se como sendo de uma operadora de telecomunicações. Como tinha alguma disponibilidade, estive a ouvi-la falar das vantagens da fibra ótica, blá blá blá. A Vassoura andava por ali a cirandar.

Quando despachei a pessoa e fechei a porta, a Vassoura fez o seguinte comentário:

- Por falar em FIBRA, a fruta que eu quero hoje ao jantar é laranja...




terça-feira, 26 de março de 2013

Dançar

Adoro dançar. Durante anos dancei sozinha, no meu quarto, na sala, ... por vezes com público, mas maioritariamente sem ninguém a ver.

Tenho experiência limitada de dançar a dois, de uma maneira romântica (o meu Rogério é um pouquinho pé-de-chumbo), mas, nos últimos anos, especializei-me em danças a dois, a três e a quatro...

São as danças mais divertidas que me lembro de dançar. Os meus companheiros são, claro, - e duvido que alguém não tivesse adivinhado -, os meus filhotes: Vassoura, Varinha e Feitiço.

Hoje dançámos ao som de um dos discos desta coleção, o famoso "Fungagá da Bicharada". Dançámos e rimos, que é capaz de ser ainda melhor do que dançar. Venha o ... anjo e escolha! :-)

 

Este conjunto de 4 CD's ("Obra Infantil Completa de José Barata Moura") foi-nos oferecido no Natal de 2012 pelos padrinhos da Varinha. Noutra oportunidade falarei sobre eles, especialmente sobre a madrinha, que conheço há poucos (ah ah ah) anos.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Christian, the lion

Emocionei-me a ver este vídeo.

É uma mensagem sobre a amizade tão bonita! Penso que hoje em dia não se poderia repetir, pois a venda de animais selvagens é proibida, certo? Mas não era, há 44 anos...

Mostrei o vídeo à Vassoura e à Varinha. Expliquei-lhes a história, uma vez que nenhuma lê em inglês, e elas gostaram muito. Comentário da Vassoura no fim: "Só não gostei da música..."

R.I.P., Whitney!

sábado, 23 de março de 2013

Feitiço solidário

01:45h: acordo com a voz da Vassoura a chamar-me baixinho. Percebo a primeira parte, "Mamã...", mas não percebo o resto. Ela repete o chamamento, novamente em tom discreto.

Enquanto o meu cérebro tenta decifrar o conteúdo da mensagem, oiço a voz do Feitiço, não tão baixa assim:

"Vassoura, vou-te ajudar."

E a seguir, oiço a ajuda: "MAMÃÃÃ!!!"

quinta-feira, 21 de março de 2013

O (segundo) melhor remédio

Toda a gente sabe que "rir é o melhor remédio", não é?

O pior é quando não conseguimos tomar esse remédio... Aí, tomamos um alternativo, que precisamos que alguém nos dê. Qual? Um abraço, um abraço apertado e cheio de amor. É quase tão eficaz como o outro remédio e arrisco dizer que em algumas situações, é mesmo mais eficaz.

Deu-me vontade de contar uma anedota, mas as que me ocorrem agora fazem rir os meus filhos, por isso talvez não sejam muito elaboradas para pôr aqui...

quarta-feira, 20 de março de 2013

4º lugar!

Fiquei em quarto lugar no passatempo que referi aqui. Como prometido, aqui fica o texto com que participei:

"Eu é que sou a mãe mais horrível do mundo!

Eis as evidências:

… sou capaz de comer primeiro o pequeno-almoço e só depois tirar o mais novo (de três anos) da cama, mesmo sabendo que ele está acordado;

… quando a mais velha (de seis anos) acaba de jantar e quer companhia até à casa‑de‑banho, por causa “do escuro”, eu digo-lhe para acender todas as luzes do caminho e ir sozinha;

… e quando o pai a acompanha nessa altura, eu penso: “Assim nunca mais cresce!”

… insisto que os legos (que são muitos) estejam organizados nas diferentes caixas, porque, quando não estão, dão(-me) muito mais trabalho a encontrar peças específicas para uma construção;

… quando não gostam da comida, não lhes ofereço manjar alternativo;

… às vezes leio as histórias a uma velocidade olímpica, antes de irem para a cama, para que vão o mais depressa possível;

… faço questão de torturar os meus filhos com idas ao teatro;

… e, para cúmulo, quando digo aos meus filhos que lhes vou dar um beijinho, induzo‑os em falsas conceções numéricas, pois dou‑lhes sempre mais do que um!"

terça-feira, 19 de março de 2013

Dia do Pai

Já li no "Entre biberons e batons" que hoje só se vai falar do Dia do Pai. A autora do blogue acha muito bem, e eu concordo. Só escrevi o artigo anterior pelo mediatismo do mesmo. ;-)

Por aqui, o Dia do Pai começou com a Vassoura Voadora e a Varinha Mágica a dedicarem uma canção ao Gato Rogério. Depois do pequeno-almoço, elas e o Livro de Feitiços entregaram os cartões que tinham feito com a minha ajuda.

Os cartões começaram a ser feitos numa das vezes em que o Rogério foi ao supermercado, e foram acabados ontem à tarde. Aqui fica o registo da conclusão dos trabalhos, com muito empenho de todos (até do Feitiço).


As capas ficaram assim

autores: Vassoura, Varinha, Feitiço

muito lindas. O Pai gostou muito e isso é o principal!

Ao meu querido Pai, agradeço tudo quanto me ensinou e divulgo o primeiro ensinamento de que me lembro: quando pintamos qualquer coisa, não devemos passar por cima dos contornos do desenho, mesmo que de um lado e do outro da linha usemos a mesma cor. O ensinamento, na altura, aplicava-se a um cavalo, que eu estava a pintar de castanho, sem passar para fora, mas pintando sobre a linha preta que formava a parte de cima da pata do cavalo. Obrigada, Papá! Nunca mais me esqueci, nem repeti a asneira...

Muito a sério, obrigada por tudo! Gosto muito de ti (era verdade quando o escrevia em pequena, e é verdade agora - só mudou o tipo de registo, não o sentimento)!


O Coelho caiu!

As minhas crianças têm uns bonecos que, quando estão molhados, aderem à banheira ou à parede. São treze animais, compostos por corpo e cabeça. Eles gostam de os alinhar, como se pode ver.



Ao fim de algum tempo, os bonecos ficam secos e acabam por cair. É normal e esperado. O que não é costume é que só um caia. Nesta noite, só um caiu. Qual? O Coelho (vai com maiúscula e tudo)...



Será premonitório?

segunda-feira, 18 de março de 2013

Skype e companhia

Acho o Skype (ou o hangout no G+, ou outras coisas que vão dar ao mesmo) uma coisa fantástica. Não sou uma utilizadora compulsiva, mas quando há distância entre nós e aqueles que amamos, poder vê-los enquanto falamos aumenta em muito a sensação de encontro, de estar perto.

Mas o skype serve para algo mais. Através do skype já dei umas lições à minha mãe sobre como ir ao Memrise (já falei do Memrise aqui), sobre como aceder ao mail, ou escrever enquanto estamos a falar... Só a minha mãe, aliás, para me fazer sentir que sei imenso sobre computadores, quando sou tão ignorante. E como ela consegue sempre fazer o que lhe vou ensinando (pelo menos na altura, nem sempre consegue mais tarde), fico com a minha auto-estima, enquanto professora, bastante elevada, o que, nestes tempos difíceis e tendo em conta o meu regresso ao trabalho em setembro, só traz vantagens.

Viva o Skype e viva a minha mãe!

P.S. - Tenho usado mais o Skype do que o Hangout do G+, mas na verdade este último tem a vantagem de poder estar em simultâneo com várias pessoas na mesma conversa, sem custo acrescido (no skype paga-se para ter acesso a esta variante, por isso não a utilizo).

Viva o G+! (Sei de quem vá gostar desta parte!)

sábado, 16 de março de 2013

Bailarinos de trazer por casa

A Vassoura quis ter aulas de ballet e este já é o segundo ano que as tem, mas para o ano já não vai ter, a seu pedido.

A Varinha para o ano vai começar a ter aulas de ballet, a seu pedido, e está entusiasmadíssima por ficar com o "equipamento" (deve existir uma palavra mais adequada, mas está a escapar-me) da irmã. Ainda bem que está animada com essa perspetiva, porque mesmo que não estivesse, não deixaria de ser o que ela iria usar, está visto!

A parte mais interessante nisto do ballet é que o Feitiço hoje se pôs a fazer ballet na cama (ele ainda dorme numa cama de grades), várias posições, e inclusive colocou as mãos acima da cabeça e deu uma voltinha... Eu e as irmãs fomos apanhadas de surpresa e rimo-nos imenso. Tentei que ele repetisse, para registar fotograficamente, mas não consegui apanhar nada de jeito.

Será que tenho cá em casa um futuro "Billy Elliot"?

          


P.S. - Para quem não se orienta ainda com os nomes, aqui vai a explicação.
P.S.2 - Inicialmente não tinha colocado a fotografia do Feitiço, mas como afinal não está assim tão má, resolvi acrescentá-la. 
P.S.3 - Ele dorme de pijama, mas nesse dia vesti-o antes de o tirar da cama, por isso está com a roupa de "andar por casa". :-)

sexta-feira, 15 de março de 2013

Passatempo

Resolvi participar no passatempo do blogue "Pais de Quatro" e provar que "Eu é que sou a mãe mais horrível do mundo", para ver se recebo um exemplar do livro "O Pai Mais Horrível do Mundo", da autoria de João Miguel Tavares, o Pai dos Quatro.

Quer ganhe, quer não, depois colocarei aqui o texto com que participei. :-)

quinta-feira, 14 de março de 2013

Habemus Papam

Não podia deixar de assinalar no meu blogue a alegria que sinto pelo novo Santo Padre, Papa Francisco. Só o vi ontem pela primeira vez e gostei muito dele, do nome que escolheu, das palavras que disse, da oração que fez... tudo!

Que Deus abençoe o Papa Francisco e que ele conduza a Igreja Católica pelo caminho certo!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Anúncio extraordinário

Acho incrível a coincidência de tantas "famosas" diferentes terem perdido exatamente 12 Kg em 30 dias... Entre algumas caras que não conheço (por isso coloquei aspas na palavra "famosas"), já vi duas ou três que conheço - mas todas têm à direita o texto (não copiei+colei, por isso pode ser um pouco diferente disto): "Eu perdi 12 kg em 30 dias!" Veja como esta famosa o fez! Sem dietas nem ginásios"

Eu até ia ao tal site, mas como não quero perder 12 kg, é melhor não ir! ;-)

terça-feira, 12 de março de 2013

Arte Jumpingclay na sala da Vassoura

Hoje fui à sala da Vassoura fazer uma atividade com a turma. 

O material utilizado foi a fantástica Plasticina Jumpingclay (se tem curiosidade sobre a Jumpingclay, veja este vídeo). Misturámos duas cores (branco + a cor que cada um escolheu) para a base do ovo e a seguir cada um enfeitou como conseguiu ou achou melhor.

O resultado foi o seguinte:


Não ficaram lindos?

Assaltos noturnos

Sou frequentemente "assaltada" durante a noite - o meu Gato Rogério é muito friorento e puxa o edredão e os cobertores para o seu lado, deixando-me quase destapada (fico com a ponta ali mesmo ao lado, já ao nível do colchão). Do lado do Rogério, as pontas quase chegam ao chão...

Como eu sei que o Gato Rogério não faz por mal, não me zango. Às vezes, dou um puxão no edredão, para o meu lado; outras vezes, chego-me mais para o centro da cama - que é grande, aproximando-me do volume que é o meu "felino" (não dele propriamente, já que está bem enroscadinho nas duas toneladas que tem em cima de si, entre edredão e cobertores extra)...

segunda-feira, 11 de março de 2013

Uma semana

O meu blogue faz hoje uma semana... Viva!

Às vezes ponho-me a pensar quanto tempo durará, se vai sobreviver ao meu regresso ao trabalho em setembro...

Tudo a seu tempo!

Próximo balanço: quando o blogue fizer um mês (digo eu agora, pode ser antes ou não haver!)

domingo, 10 de março de 2013

À dúzia é mais barato

Fui buscar o título deste post ao filme com o mesmo nome.

Eu só tenho três filhos e já ouvi de muita gente que sou corajosa, ou algo do género (também ouvi que era maluca).

Mas eu conheço várias famílias que merecem muito mais o epíteto de numerosas (em Portugal basta ter três filhos para se ser considerada família numerosa). A maior delas é de um casal que tem 12 filhos, tendo a filha mais velha 19 anos e a mais nova alguns meses.

Eu adoro esta família, mesmo não estando muito com eles (muito, muito menos do que gostaria) e acho que, para mim, é um exemplo de Família Feliz. Atenção, não acho que sejam uma família feliz porque têm doze filhos, acho que a mesma razão que os leva a não ter medo de ter doze filhos é a que os faz ser felizes, em cada dia.

Não digo que cada um daqueles filhos não tenha crises existenciais, ou não faça birras, nas idades próprias para cada um dos comportamentos. São crianças/jovens normais! Mas têm como pano de fundo muito Amor, uns pais maravilhosos (não disse perfeitos) e, uma delas, uma madrinha espetacular, apesar de ser uma Bruxa!

Um grande smile para quem adivinhar quem é a tal madrinha-bruxa! :-)

sábado, 9 de março de 2013

Dose diária

Passei o dia inteiro com os meus filhos, como é habitual, sendo sábado.

Mas enquanto se preparava para ir para a cama, com a minha ajuda, a Varinha (saber quem é aqui) disse-me que hoje ainda não tinha tido mimo suficiente. É claro que lhe dei festas, abraços e beijos até ela sentir que já tinha tomado a sua dose diária, e fi-lo com muito prazer. Mas fiquei a pensar sobre a questão...

Tal como precisam de comer, dormir e brincar, e não precisam de ver televisão (embora haja programas adequados para a sua idade, são totalmente dispensáveis), as crianças precisam de mimo. Não foi hoje que descobri isto (pobres dos meus filhos se tivesse sido!), mas reconheço que por vezes, estou presente fisicamente, mas estou entretida com outras coisas - muitas vezes pouco mais do que inúteis.

Gostei que a Varinha tivesse verbalizado a sua necessidade. Lembro-me de quando a Vassoura se queixava de dores só para ter atenção e mimo - e eu sempre a dizer-lhe: "Se queres colo, mimo, atenção, diz, não inventes dores, porque depois podes ter dores a sério e nós não sabemos se são verdadeiras..."

É muito positivo quando se percebe o que se passa, o que se precisa, e se sabe manifestá-lo. E muito bom quando se recebe o que se precisa... Seja criança ou adulto!

Um bombom para o ego

No dia do meu casamento, há uns anos, houve várias pessoas a dizer-me que estava muito bonita (acho que todas as noivas ouvem isto!).

Contudo, só um elogio permanece inesquecível e acho que para sempre perdurará na minha memória, como um bombom para o meu ego (a utilizar em caso de necessidade):

Um priminho, que tinha quase três anos, quando a mãe lhe perguntou, já para o fim do dia: "Olha a noiva, não está bonita?", respondeu: "Não é uma noiva, é uma princesa!"

Todos rimos, mas desconfio que só eu nunca me esqueci destas palavras...

sexta-feira, 8 de março de 2013

Sabes o que é um continente?

Este episódio passou-se num dos meus primeiros anos como professora. Era um grupo de primeiro ano de escolaridade, ainda muito no início do ano letivo.

Estávamos a escolher, de entre uma longa lista de palavras sugeridas por eles e começadas pela letra "A", algumas para serem ilustradas. Eu ia dizendo as palavras pela ordem em que estavam escritas no quadro, e para cada uma, os alunos diziam se dava ou não para desenhar e decidia-se quem é que o iria fazer, quando dava.

Eu: Avião. Dá para desenhar?
Alunos: Siiiimmm!
Eu: Quem quer fazer este desenho? [um aluno oferece-se]

Eu: Ásia. Dá para desenhar?
Alunos, menos um (Rui M.): Nãããão!
Rui M.: Mas a Ásia dá para desenhar. Faz-se assim um país...
Eu: É verdade que a Ásia dá para desenhar, mas é muito complicado... Além disso, a Ásia não é um país, é um continente!... Sabes o que é um continente?
Rui M. [muito rápido na resposta]: Sei! É uma loja!

Slow down, mummy


Eu: Vá, Feitiço (explicação do nome aqui), despacha-te! Anda comer!
Feitiço: "Cáma", mamã, "cáma"!
Eu: [sem resposta]

Às aranhas...

... é como me sinto aqui no blogue. A parte de escrever e publicar é fácil, mas as opções quanto ao visual da página, separadores, cores... ainda estão muito para além dos meus conhecimentos. Vou explorando aos poucos, mas não consigo ser tão eficiente quanto gostaria.

:-(

Dia da Mulher... Dia da Mãe

Partilho convosco uma sabedoria adquirida há muito, muito, pouco tempo: na Roménia, hoje, é DIA DA MÃE e não há nenhum Dia da Mulher.

Mas se nós dizemos que hoje é Dia Internacional da Mulher, isso não faz que na Roménia também seja, embora não lhe liguem?

Se calhar os Dias Internacionais disto ou daquilo não fazem muito sentido...


quinta-feira, 7 de março de 2013

Memrise

Gosto de aprender línguas, sempre gostei.

Há um ano (mais dia, menos dia), descobri o Memrise. Em poucas palavras e provavelmente não fazendo justiça ao Memrise, direi que é um site para se aprender o que se quiser. Até agora utilizei o Memrise para aprender ou rever línguas (espanhol, norueguês, francês, italiano... ainda não comecei a rever alemão, mas atendendo à atualidade, deveria despachar-me!), mas há muito mais para aprender do que línguas.

Também utilizei o site para criar alguns cursos a ensinar português a estrangeiros (que percebam inglês) - porque nós também podemos criar os nossos próprios cursos, só para ensinar a outros, ou para nós próprios aprendermos também. Se quisermos, podemos fazer um curso e mantê-lo privado (pode dar jeito enquanto não estamos muito seguros do que queremos pôr no curso), restrito ou totalmente público.

Os últimos cursos que criei tiveram um objetivo muito claro: proporcionar mais uma ferramenta de leitura e escrita para a minha filha Vassoura, a frequentar o 1º ano. Ela só lá vai quando quer, mas quando vê os pontos a aumentarem (há uma componente de jogo no site) fica toda contente.

Recomendo.

Superpoder

Ainda estou a habituar-me a ele, mas tenho de certeza um superpoder: o de detetar no Feitiço vontade de fazer xixi, sem que ele o diga.

Por vezes, há sinais evidentes, que consistem em movimentos com as pernas aos quais chamo "dança do xixi". Nesses casos, é bastante fácil perceber a tal vontade. Até a Vassoura e a Varinha já dizem: "O Feitiço está a fazer a dança do xixi. É melhor ele ir para o bacio."

O superpoder, que só eu tenho, consiste em detetar a necessidade (mais isto do que vontade, já que vontade ele nunca tem) a partir de pistas camufladas de carinho, em especial se, estando nós em divisões diferentes, o Feitiço vem ao pé de mim e não diz nada, mas não me larga. Se se aproximar e falar de um assunto qualquer, não é a necessidade que o move (embora possa ter conteúdo para encher o bacio).

Distinguir estas diferentes abordagens à minha pessoa nem sempre corre bem, por isso é que digo que é um superpoder ao qual estou a habituar-me. No entanto, preferiria que fosse um superpoder totalmente desnecessário, inexistente até, como há de ser um dia, quando o Feitiço controlar a 100% a sua bexiga. Mais ou menos como o Super-Homem preferiria que não houvesse "maus", por muitos superpoderes que tenha para os meter na ordem.

P.S. - Pode escrever-se "xixi" ou "chichi", para o caso de estarem a pensar sobre o assunto.

quarta-feira, 6 de março de 2013

"Foto" de perfil

Ao ver a minha "foto" de perfil (um auto-retrato muito conseguido), que ele parece identificar com a Bruxa Mimi, mas não comigo, o meu filho Feitiço disse: "Tem asas"... Referia-se ao cabelo! Realmente poderia ter-me esforçado mais nessa parte do desenho... :-)

O queijo é rei

Cá em casa toda a gente gosta de queijo, mas nenhum de nós é especialista em queijos. A nossa escolha recai habitualmente no queijo Terra Nostra, fatiado. Excelente.

O que me leva a escrever este post é o sítio, quanto a mim original, onde dois dos meus filhos põem, ou queriam pôr, uma fatia de queijo.

A Varinha gosta de pôr queijo em cima de uma Bolacha Maria. Eu acho estranho, mas autorizo.

No entanto, não autorizei o Feitiço a pôr queijo onde ele queria: dentro do copo do iogurte, ainda cheio do iogurte!

P.S.- Se leu isto interrogando-se sobre quem é a Varinha, leia este post.


Vassoura falante

A Vassoura (agora já sabe quem é, certo? Não? Vá aqui) frequenta o 1º ano do Ensino básico. Tem (muito) bom rendimento escolar, mas todas as semanas recebemos a informação que "Continua muito faladora".

Isto, confesso, incomoda-me muito, porque sempre tive facilidade em cumprir regras na sala de aula e também porque, como professora, sei demasiado bem o que uma "língua do tamanho de uma auto-estrada" nos pode fazer à cabeça (atendendo a que quase nunca há apenas uma língua deste tipo na turma).

Não temos estado de braços cruzados à espera que a questão se resolva, mas parece que, por mais que façamos, a questão não se resolve.

A Vassoura está sem televisão (convenhamos: é um castigo que só lhe faz bem), sem guloseimas (mal não lhe faz - embora antes fossem poucas as que podia comer), sem poder ir a festas de aniversário dos amigos (o que tem sido tão questionado por outras pessoas que tenho andado a repensar a coisa), e, último castigo, tem de escrever todos os dias uma frase alusiva ao comportamento que deve ter. Começou por ter de escrever duas vezes; como não melhorou, agora tem de escrever cinco vezes.


Ontem, ao escrever a frase, disse a Vassoura: "Este castigo é tão chato!" Respondi que, se não fosse, não era castigo...

Também já tentei a abordagem pela positiva, pelo que poderá acontecer de bom quando ela melhorar o comportamento: poderá ir pela primeira vez ao cinema, poderá passar uma tarde com uma amiga sem ser em situação de aniversário, poderá recuperar os privilégios perdidos, poderá...

Antes do último castigo ser introduzido, falei com o professor da Vassoura sobre uma ideia que tinha tido: arranjar um bloco pequeno para a Vassoura, na sala, em vez de falar com as colegas, escrever o que lhes queria dizer, levando-o depois para o recreio como lembrete. O professor concordou ("Vale a pena tentar tudo", disse ele), arranjou-se o bloco (chamado "Caderno do Silêncio"), mas... sem resultados à vista.

Para terminar este post que já vai longo, uma palavra de ânimo: uma amiga contou-me que falava muito na sala de aula quando estava no 1º ano de escolaridade, mas que no 4º ano já se controlava muito bem. Há esperança para a Vassoura! Espero é que não demore tanto tempo...

Feitiço poeta

O Feitiço (ler isto apenas se não souber quem ele é) gosta muito de viajar de comboio (CP ou Metro, é indiferente), especialmente se for para ir comigo a casa dos avós ou dos tios. Isto de ser uma Bruxa e não conduzir, nem vassoura, nem automóvel, limita-nos um bocado as voltas, no inverno, principalmente.

Esta manhã, como em tantas outras, o Feitiço disse que queria ir para o comboio. Eu respondi que com tempo de chuva não dava, era preciso que estivesse sol.

Diz logo ele: "Ó sol, leva as nuvens para a casa delas! Podem chover lá na casa delas..."

Soou-me a poesia, da maneira como foi dito. Agora já não me parece tanto. Se calhar a quem lê isto não parece nada! Paciência...

Missão cumprida

Ontem preenchi o I.R.S.. Correção: ontem preenchi a minha parte nos rascunhos dos papéis do I.R.S.. Fiquei contente e deixei contente o Gato Rogério (se pensa que é um felino, vá aqui), quando lhe contei.

O Rogério é hiperorganizado e eu... nem por isso! Mas com um bocadinho de esforço e para evitar ficar até ao último dia com isto pendente, passei à ação. Valeu bem a pena! A sensação de dever cumprido é muito boa.

Esquecia-me de dizer que também preenchi os papéis para a renovação de matrícula da Vassoura e da Varinha, na escola que frequentam. Tripla missão cumprida: parabéns para mim!

terça-feira, 5 de março de 2013

Bimby vs Nina

Eu tenho uma Bimby desde o verão de 2010, tinha o Feitiço meio ano (para perceber quem é o Feitiço, ler isto). Mas tenho uma Nina desde antes de nascer a Vassoura (se não foram à primeira e querem perceber o porquê destes nomes tão sui generis, vão agora: aqui).

A Nina (nome fictício) é a nossa empregada, duas vezes por semana. Não é portuguesa.

Se não conhecem a Bimby, pesquisem no google e facilmente descobrirão. Se estiverem interessados numa demonstração, digam qualquer coisinha, que eu contacto a minha agente (eu não faço parte desse grupo empreendedor).

A Bimby faz tudo, ou quase tudo, no que diz respeito a cozinhar. Graças à Bimby, eu, um autêntico zero na cozinha, já fiz bacalhau com natas, lasanha, tagliatelle com não sei quê, limonada, gelados, pizza, muitas sopas e muita papa de flocos de aveia. A Vassoura e a Varinha apreciam esta última, tal como a sua mãezinha. O Rogério passa bem sem ela e o Feitiço, nisso, parece sair ao pai.

Mas a Nina, oh, a Nina... além de fazer tudo o que a Bimby faz (bem, nunca fez gelados, pelo menos cá em casa, mas faz uns bolos muito saborosos), limpa a casa, engoma a roupa, cose roupa quando necessário...

Se eu podia viver sem a Bimby? Podia, mas não era a mesma coisa (especialmente durante as férias da Nina)!

Se eu podia viver sem a Nina? Podia, e quando ela deixar Portugal, vou ter de o fazer, mas não será a mesma coisa. Nessa altura, é que passarei a ser uma "bimbólica". Por enquanto, sou uma "ninólica".

Publicar

Tendo o blogue apenas um dia de existência, e eu igual tempo de experiência nesta área, vou torná-lo público.

O blogue irá crescendo com o carinho da mãe, eu, Bruxa Mimi, e com eventual seguimento e comentários de leitores. 

Certamente não quero que o blogue fique assim, com um visual tão pobre, mas em vez de aguardar a perfeição, ponho à vista de todos tal como está. O tempo, a experiência e, espero, o bom gosto, farão o resto.

Os nossos alter-egos

Ao contrário do que pensava e escrevi aqui, provavelmente não vou revelar a minha identidade verdadeira, nem sequer utilizar os nomes dos meus filhos. Faço-o por respeitar a opinião do meu marido, que prefere que seja assim.

Mas, para se tornar mais fácil (acho eu que será mais fácil), vou recorrer a uma analogia já várias vezes utilizada pelas minhas filhas, depois de ouvirem uma das histórias da Bruxa Mimi (da autoria de Korky Paul e Valerie Thomas). Segundo elas, eu sou a Bruxa Mimi e o pai é o gato da Mimi, o Rogério. A mais velha é a vassoura da Mimi, a do meio é a varinha mágica e o irmão é o livro de feitiços.

Assim, vou apresentar-vos a nossa família, com os nossos nomes originais, que irei utilizar:

Mãe: Bruxa Mimi, ou só Mimi, 39 anos (durante mais uns dias);

Pai: Gato Rogério, ou só Rogério, 44 anos;

Vassoura Voadora, ou só Vassoura, 6 anos;

Varinha Mágica, ou só Varinha, 4 anos;

Livro dos Feitiços, ou só Feitiço, 3 anos.

Desculpem isto ser fora do normal, mas se seguirem o blogue rapidamente se habituarão a estes nomes.



Reações familiares ao blogue

Ontem disse ao meu marido que tinha criado um blogue. A reação inicial foi: "Para quê? Não te chega o facebook?"

Boa pergunta, sem dúvida! Acontece que vou passar a partilhar mais por aqui. No facebook continuarei a partilhar o que por lá vou encontrando, mas tudo o que for meu, sobre mim, ou sobre quem me rodeia... contarei aqui. Este será o meu cantinho.

Noutro post direi outras razões que me levaram a criar um blogue, mas, honestamente, a principal foi: "porque me apeteceu"!

A minha filha mais velha viu a tartaruga-castelo, identificou-a como sendo obra do irmão e perguntou: "O que é que isso está a fazer no teu computador?" Não cheguei a responder. Mais tarde informá-la-ei.

A minha mãe foi a primeira a saber da criação do blogue e por sua sugestão alterei  o nome para a versão atual. Acho que gostou da ideia.

A minha mãe informou o meu pai e a minha irmã mais velha. Reações positivas.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Blogues mais interessantes do que este (sem dúvida)

Eu não sei se isto vai correr bem, pois pôr links nunca foi a minha especialidade (e desconfio que nunca vai ser).

Quando este blogue for "grande", eu gostava que ele se parecesse com ...

http://paisdequatro.clix.pt/

... sem dúvida o meu blogue preferido.

Também sigo o blogue ...

http://britosemangola.blogspot.pt/

... por ser de uma família que conheço (embora pouco) ...

e este...

http://finalmentesouumgajodesempregado.blogspot.pt/

... por ser de um ilustre desconhecido, que caiu no desemprego, mas vai "dar a volta por cima", com muito humor. Comecei a segui-lo no facebook.

Escrevi que sigo estes blogues, e é verdade, mas oficialmente sou visitante, não seguidora.

Há um blogue, no entanto, onde me fiz seguidora, mas que já não visito há algum tempo - há tanto tempo que já não sei como o encontrar!


Repetições

Andei a reparar no que escrevi e reparei (cá está outra!) que devo dar impressão de ter um vocabulário muito reduzido, pois repito as expressões e até os verbos (ver linha acima), como se não conhecesse outros.  Mas conheço! A sério!...

Identidade e afins

Se prosseguir com o blogue, como de momento tenciono, de certeza que farei, em algum momento, as devidas apresentações, mas para já deixo-me ficar assim, no anonimato. Aliás, o blogue ainda está na esfera privada - não consta da lista dos blogues nem pode ser encontrado por pesquisa. No fundo, ainda é um bebé-blogue. E toda a gente sabe, embora poucos admitam, que um bebé interessa sobretudo à sua mãe (e, vá lá, ao pai). Os manos, se existirem, terão alguma curiosidade e tal, mas não terão paciência para dedicar horas ao recém-nascido, como a mãe faz. Os avós quererão encontrar parecenças com os restantes membros da família (de preferência do "lado" deles), mas de resto...

Para já, fica esta informação (e não é assim tão pouca): sou casada, com três filhos, este mês entrarei nos "entas" e, embora seja professora por vocação, estou pelo segundo ano consecutivo sem estar no ativo. 

Tartaruga-castelo

Já sabia que a tartaruga andava com a casa às costas, mas o meu filho mais novo, de três anos, criou uma tartaruga que anda com um castelo às costas. Aquilo que sai do cimo da torre do castelo, segundo ele, é uma mangueira, para apagar algum eventual fogo. Previdente!


E agora?!

Eu sei escrever e sei ler, mas agora que criei o blogue não sei o que fazer.

Ok, sei que escrevo o que quiser e não preciso de leitores para me sentir realizada, por isso por esse lado está tudo bem, mas gostava de perceber como é que decido quem é que pode ler o que escrevo. Eu li as instruções e acreditei que iria ser super-fácil (ou superfácil?), mas nem tanto assim...

Espero que a parte que diz "que experimentar é a melhor maneira de perceber" seja verdadeira. Por isso, vou publicar esta mensagem e ver como é que fica.

É que ainda nem escolhi cores, nem nada! - isto está muito pouco personalizado... por enquanto.