sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Mimos de pai

Na terça-feira à noite, ao olhar para o lavatório da cozinha, encontrei isto:



Não seria nada de especial se nós comprássemos e comêssemos disto em casa. Calculei (e depois confirmei) que o Rogério tivesse comido ao almoço, e que as tivesse trazido para dar ao Feitiço, que ainda continua a brincar com as conchas que apanhou na praia durante o verão.

Fiquei comovida com este mimo paternal do Rogério. Acho, aliás, que não foi a primeira vez que ele trouxe conchas do almoço com este destino. Não vi nem perguntei ao Rogério qual foi a reação do Feitiço à oferta, mas imagino que tenha ficado surpreendido e muito contente.

Fiquei depois a pensar como o Pai também me (nos) presenteia com mimos inesperados e como a minha tendência é não dar valor a esses mimos. Mas facilmente (com demasiada facilidade, aliás) caio na postura de reparar no que Ele não me dá.

Como mãe, nunca me passou pela cabeça fazer tudo o que os meus filhos quisessem ou dar-lhes tudo o que pedissem - e isto porque tenho em vista o seu bem e consigo muitas vezes ver para além do que eles veem, ou seja, as consequências negativas de tal ou tal ato que nego ou não permito. Agora, como filha de um Pai infinitamente mais sábio do que eu, que vê infinitamente "mais à frente", acho que eu, filha, é que sei o que é bom, o que devia acontecer... 

3 comentários:

  1. Bruxa Mimi,
    Acho que teve aqui um momento "Teresa Power", pois este seu post "falou-me". Este e o do cristão triste. Acho que temos feitios parecidos... Mas acho que Deus nos está a deixar passar por situações difíceis precisamente para ver se mudamos isso e quero mesmo acreditar que um dia, mais cedo ou mais tarde, a alegria mesmo perante as tribulações será algo mais natural. Um abraço. :)

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    1. (ui, peço desculpa pela overdose de "acho que" ali em cima...)

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    2. D., obrigada pelas palavras! Um "momento Teresa Power" é, para mim, um grande elogio! :-)
      Provavelmente temos mesmo feitios parecidos, mas de certeza que somos pessoas únicas - filhos únicos de Deus! Também gostaria muito de viver alegre independentemente das circunstâncias exteriores... Um abraço!

      P.S. - Acho que os "acho que" faziam todo o sentido! :-)

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- Posso fazer o meu comentário?
- Claro que sim, mas tendo cuidado com a linguagem.
Obrigada!

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