Era o dia 25 de dezembro. A Família possível estava reunida na casa do melhor cozinheiro da família (e não só), num almoço saboroso. As crianças, que já tinham almoçado, estavam a ver um filme, exceto o mais novo dos primos, o Feitiço, que estava a dormir a sesta no quarto dos tios, não numa cama de viagem, como noutros anos, mas na cama deles (já lá dormira anteriormente sem qualquer incidente).
No fim do almoço, ouvimos o Feitiço a chamar e a mãe (a vossa Bruxa Mimi) dirigiu-se ao quarto para ir buscar o seu rebento... mas não conseguiu abrir a porta. Pensando ser uma dificuldade só sua, pediu ajuda. Rapidamente se concluiu que não era fraqueza da mãe (impossível, aliás, depois do magnífico almoço) - o Feitiço tinha tentado abrir a porta e mexera na chave, trancando-se. Fantástico, não?
Houve algumas sugestões de como resolver o problema, mas não pareciam resultar. A primeira foi a de dizer ao Feitiço para rodar a chave para o outro lado. Ele recusou. Depois, lá mexeu na chave, mas não deu em nada.
A outra sugestão foi a de fazer passar a chave por baixo da porta, mas a dona da casa, minha querida irmã, garantia que a chave não passaria, por ser muito grande.
Entretanto, o Feitiço manteve-se calmo o tempo todo, respondendo ao que lhe era perguntado. Depois, o pai (vocês sabem quem é - o Gato Rogério) fez passar uma folha de revista por baixo da porta e pediu ao Feitiço que colocasse a chave no papel, o que ele fez. Com um arame e muito jeito (estilo herói, aos olhos da mãe da criança), o pai fez a chave passar por baixo da porta. Vitória!
Porta aberta, encontrámos o Feitiço tranquilo e contente por termos conseguido, mas não só: a luz estava acesa, o Feitiço tinha despido o "saco de dormir", que não tem pernas, e tinha calçado as botas para ir para o chão, mas antes ainda se tinha entretido a desarrumar tudo o que os tios tinham nas mesas de cabeceira.*
O principal, nisto tudo, é que o final foi como se esperava, nesta quadra: FELIZ!
*Desde esse dia, nas vezes em que o Feitiço dormiu a sesta em casa destes tios, eles tiveram o cuidado de retirar as gavetas das mesas de cabeceira do sítio e ocultá-las da vista da criança... sem se esquecerem, claro, de retirar também a chave da porta!
LOL, não percebo como é que alguém pode nem saber o tamanho da chave do seu próprio quarto...
ResponderEliminar;-)
Eu também não percebo!... Parece uma história inventada, não parece? ;-)
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