Este mês sou participante oficial do desafio, e isso pressupõe um "apanhado" semanal de como vão as coisas.
Esta primeira semana tem sido relativamente fácil "berrar baixo". De manhã as meninas têm colaborado q.b. e não tem havido berros (ou, se houve, preciso de afinar o ouvido para os detetar e a memória para os registar).
Durante o dia, em que estou sozinha em casa com o Feitiço, quando ele responde o contrário do desejado ("não quero comer, quero brincar", "agora não, porque estou a fazer a linha do comboio"), tenho-me lembrado de não berrar. Falando calmamente sobre o que ele está a fazer e deixando-o terminar ou propondo que eu o substitua na tarefa (de procurar alguma peça de Lego, por exemplo), descobri que passado um pouco (que às vezes não parece pouco), ele está a sentar-se à mesa ou a fazer o que fosse que eu lhe tinha dito para fazer.
A parte mais difícil, em relação ao Feitiço, está em levá-lo a ele a não berrar. Nisso estou a falhar redondamente. A sua primeira reação a qualquer contratempo (por menor que seja) é berrar, de um modo estridente. Quando me aproximo e pergunto, por exemplo, "Achas que berrares dessa maneira era a melhor maneira de pedires ajuda?", ele responde sempre que não, mas na vez seguinte... é igual. (Terá a quem sair?)
À tarde, quando as meninas chegam da escola e fico com os três, as coisas tendem a complicar-se. Já dei por mim a começar frases e deixá-las a meio, porque me apercebo que não resolveriam nada. Então, digo algo como: "Eu ia dizer blá blá blá, mas percebi que não nos ia ajudar. O que acham de todos colaborarmos para conseguirmos começar a jantar a horas? Vassoura, vai fazendo os teus trabalhos de casa enquanto...".
A frase que dei como exemplo não faz milagres, mas acho que o facto de eu assumir que nem sempre tenho as melhores reações, posturas ou "saídas", leva a que a mais velha queira colaborar mais (e quando ela colabora, os outros costumam ir atrás). Curiosamente, já houve duas situações em que a Vassoura me disse: "Eu ia responder blá blá blá, mas depois decidi que era melhor ...". Não há dúvidas, nós somos o modelo Nº1 para os nossos filhos (e para os nossos alunos, o modelo Nº2, ou 3, mas um modelo de certeza). Também por isso, quero mesmo ser melhor pessoa (mas tenho muito por onde melhorar, não é só nesta questão...)!
Tu já és uma ótima pessoa! - boa filha,boa mãe,boa esposa,boa amiga - tudo bom!!!AP
ResponderEliminarÉs muito querida em dizer isso, ou não fosses minha mãe! Mas, a bem da verdade (e tu sabes como eu prezo a verdade), ser boa filha, boa mãe, etc., que tento ser, claro, é muitas vezes (sempre!) incompatível com ser preguiçosa, ser egoísta... Need I say more?
EliminarEu digo isto não por ser tua mãe ou ser muito querida,mas porque é exatamente o que penso (e eu tambem prezo muito a verdade!...). Sobre seres um bocadinho preguiçosa, quem não é?!!... somos todos um pouco,embora às vezes não admitamos!...AP
ResponderEliminarPronto, está bem... Obrigada! :-)
EliminarOh Bruxa Mimi é uma pessoa tão querida! Eu gosto tanto de si! Não diga que tem de ser melhor pessoa. Só tem de ser menos "berrona", só isso!
ResponderEliminarObrigada pelas palavras simpáticas (desconfio que a Teresa não sabe usar palavras "não-simpáticas")! Menos "berrona" e menos preguiçosa, menos gulosa* pelo menos...
Eliminar*Talvez não tenha lido este post:
http://alheiaatudooutalveznao.blogspot.pt/2013/04/vestigios-de-um-doce-ataque.html