terça-feira, 7 de maio de 2013

Desafio "Berra-me baixo" #2

Este mês sou participante oficial do desafio, e isso pressupõe um "apanhado" semanal de como vão as coisas.

Esta primeira semana tem sido relativamente fácil "berrar baixo". De manhã as meninas têm colaborado q.b. e não tem havido berros (ou, se houve, preciso de afinar o ouvido para os detetar e a memória para os registar).

Durante o dia, em que estou sozinha em casa com o Feitiço, quando ele responde o contrário do desejado ("não quero comer, quero brincar", "agora não, porque estou a fazer a linha do comboio"), tenho-me lembrado de não berrar. Falando calmamente sobre o que ele está a fazer e deixando-o terminar ou propondo que eu o substitua na tarefa (de procurar alguma peça de Lego, por exemplo), descobri que passado um pouco (que às vezes não parece pouco),  ele está a sentar-se à mesa ou a fazer o que fosse que eu lhe tinha dito para fazer.

A parte mais difícil, em relação ao Feitiço, está em levá-lo a ele a não berrar. Nisso estou a falhar redondamente. A sua primeira reação a qualquer contratempo (por menor que seja) é berrar, de um modo estridente. Quando me aproximo e pergunto, por exemplo,  "Achas que berrares dessa maneira era a melhor maneira de pedires ajuda?", ele responde sempre que não, mas na vez seguinte... é igual. (Terá a quem sair?)

À tarde, quando as meninas chegam da escola e fico com os três, as coisas tendem a complicar-se. Já dei por mim a começar frases e deixá-las a meio, porque me apercebo que não resolveriam nada. Então, digo algo como: "Eu ia dizer blá blá blá, mas percebi que não nos ia ajudar. O que acham de todos colaborarmos para conseguirmos começar a jantar a horas? Vassoura, vai fazendo os teus trabalhos de casa enquanto...".

A frase que dei como exemplo não faz milagres, mas acho que o facto de eu assumir que nem sempre tenho as melhores reações, posturas ou "saídas", leva a que a mais velha queira colaborar mais (e quando ela colabora, os outros costumam ir atrás). Curiosamente, já houve duas situações em que a Vassoura me disse: "Eu ia responder blá blá blá, mas depois decidi que era melhor ...". Não há dúvidas, nós somos o modelo Nº1 para os nossos filhos (e para os nossos alunos, o modelo Nº2, ou 3, mas um modelo de certeza). Também por isso, quero mesmo ser melhor pessoa (mas tenho muito por onde melhorar, não é só nesta questão...)!

6 comentários:

  1. Tu já és uma ótima pessoa! - boa filha,boa mãe,boa esposa,boa amiga - tudo bom!!!AP

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    1. És muito querida em dizer isso, ou não fosses minha mãe! Mas, a bem da verdade (e tu sabes como eu prezo a verdade), ser boa filha, boa mãe, etc., que tento ser, claro, é muitas vezes (sempre!) incompatível com ser preguiçosa, ser egoísta... Need I say more?

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  2. Eu digo isto não por ser tua mãe ou ser muito querida,mas porque é exatamente o que penso (e eu tambem prezo muito a verdade!...). Sobre seres um bocadinho preguiçosa, quem não é?!!... somos todos um pouco,embora às vezes não admitamos!...AP

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  3. Oh Bruxa Mimi é uma pessoa tão querida! Eu gosto tanto de si! Não diga que tem de ser melhor pessoa. Só tem de ser menos "berrona", só isso!

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    1. Obrigada pelas palavras simpáticas (desconfio que a Teresa não sabe usar palavras "não-simpáticas")! Menos "berrona" e menos preguiçosa, menos gulosa* pelo menos...

      *Talvez não tenha lido este post:
      http://alheiaatudooutalveznao.blogspot.pt/2013/04/vestigios-de-um-doce-ataque.html

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