Na fase em que ia mais ao cinema (que era em solteira), acontecia-me muito estar na sala de cinema e já estar a escolher o filme que haveria de ver na vez seguinte, graças aos trailers. Ou então, não escolhia, porque a cada trailer dizia: "Quero ver este!". Quero. Assim, tal e qual.
O meu "quero", traduzido, queria dizer: "Este filme deve ser giro/divertido/bonito(etc.). Gostava de o ver, numa próxima oportunidade.". Não era uma exigência.
Quando comecei a namorar com o Rogério, fomos algumas vezes ao cinema. E eu utilizava a minha velha expressão "Quero ver este!", se o filme me interessava. Não era uma exigência, mas, aos ouvidos do Rogério (disse-me ele a certa altura) soava sempre como uma exigência. E eu - depois de ter explicado o significado real do meu "Quero!" - esforcei-me por alterar a minha forma de expressar, substituindo-a pela "tradução" (nota para os mais distraídos: ver segundo parágrafo).
Ainda bem que fiz esta alteração, porque desde que sou mãe percebi como o "Quero!" nos outros pode ser tão desagradável de ouvir...
Quando vejo trailers a minha reacção é quase sempre: "A ver se perco!" que é como quem diz "Nem que me pagassem!"
ResponderEliminarEntão estás bem para conversas com o Rogério! ;-)
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